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‘A FILHA PERDIDA’, um bom filme que me fez esperar por mais

‘A Filha Perdida’ foi uma das últimas coisas lançadas em 2021 que teve um grande destaque nas premiações desse ano de 2022. Ele foi lançado exatamente no dia 31 de dezembro na Netflix, ali no apagar das luzes. Baseado no romance escrito por Elena Ferrante e marcando a estreia da atriz Maggie Gyllennhaal na direção, o filme nos traz uma história com ótimas interpretações de atrizes competentes no que fazem, mas com uma história que promete e que não nos dá nada.

Sinopse: As férias pacatas de uma mulher mudam de rumo quando sua obsessão por uma jovem mãe hospedada nas proximidades traz à tona antigas lembranças.”

Esse filme caiu em uma zona perigosa de expectativas para mim. Isso aconteceu com ‘Ataque dos Cães’ e agora com ele. Aquele filme que todo mundo comenta, diz o quanto é bom, mas quando vai vê-lo não faz você sentir nada demais neles. Entenda, não o achei ruim, mas longe de eu achar genial como pintaram por aí. Certamente caí no hype da expectativa junto de ter visto um trailer que me fez pensar que a história iria para um lado quando na verdade é algo muito mais simples do que imaginei.

Quando eu vi o trailer de ‘A Filha Perdida’, junto com o título do longa, eu imaginei algo muito maior e esse certamente foi um grande erro meu. Quando eu achei que seria uma história de suspense em que a mãe vai atrás de recuperar sua filha, na verdade é um grande estudo sobre a maternidade. Demorei a entender que era sobre isso e para mim acabou sendo tarde demais. Mesmo assim consegui sentir o drama estampado na cara da nossa protagonista em determinadas cenas.

Apesar de Olivia Colman (A Favorita) mandar sempre muito bem em seus papéis, devo dizer que quem brilha mais aqui é a Jessie Buckley (Estou Pensando em Acabar com Tudo). Ela faz a Olivia mais jovem e conseguimos ver todo o romantismo de ser mãe ir embora pelo ralo. Eu gostei demais dessa parte, pois isso mal é mostrado por aí. Ser mãe geralmente é sempre maravilhoso, quando na verdade, ser mãe é quase viver um inferno particular em alguns momentos. É essa parte que vira o centro das atenções e é nesse momento que a atriz brilha e mostra como uma mãe pode ser egoísta e muito humana e mesmo assim fazer com que entendamos ela. A culpa por tais atos do passado se mostram refletidos no presente e esse é o grande mote para mim do filme.

Eu tive problemas com o presente em que a história é desenvolvida, um suspense nos é apresentado para morrer na praia, quase que literalmente. Não entendi o objetivo da protagonista no seu final e eu realmente detestei o seu desfecho. Uma brincadeira ridícula e de mal gosto que não muda em nada a sua culpa pelo passado mostrado anteriormente. Provavelmente não devo ter entendido o filme como as outras pessoas por aí, mas para mim acabou sendo algo no máximo mediano e nada brilhante.

Recomendo ele para todas as mães do mundo. Acho que o enredo vai atingi-las em cheio e todas irão se identificar com o dilema proposto. É só também não esperar ou imaginar coisas sobre ele que não existem. É muito mais simples do que possa imaginar. O filme ainda ganhou 3 indicações ao Oscar desse ano: Melhor Atriz para Olivia Colman, Melhor Atriz Coadjuvante para Jessie Buckley e Melhor Roteiro Adaptado. Não ganhou nada, mas estar na lista de indicados já é um grande prestígio.

‘A Filha Perdida’ se encontra no catálogo da Netflix.

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